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Governo quer aumentar salário mínimo para R$ 1.320

Posição de encerramento do Saque Aniversário FGTS também está sendo analisada


Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho (foto), afirmou que está buscando meios de aumentar o salário mínimo para R$ 1.320, valor prometido pelo presidente Lula durante sua campanha eleitoral, Segundo ele, a decisão dependerá de espaço no Orçamento.

O plano do governo é anunciar a nova correção no dia 1º de maio, dia do Trabalho. O anúncio deve vir acompanhado de outras novidades, como um reajuste na tabela do Imposto de Renda que amplia a isenção para mais contribuintes.

Entretanto, o ministro afirmou que ainda é cedo para confirmar o aumento. “Vamos aguardar para ver a tendência do crescimento econômico. Acredito sinceramente que a partir da dinâmica do governo do presidente Lula, 14 mil obras paradas hoje serão retomadas gradativamente e isso vai melhorar a relação emprego e renda, seguramente vai impulsionar o crescimento da economia”, disse.

Isenção do Imposto de Renda

Segundo informações do jornal O Estado de São Paulo, o governo quer ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda ainda em 2023. A decisão foi atrelada pelo governo a um novo reajuste do salário mínimo para R$ 1.320, que também é uma possibilidade em aberto.

Lula quer livrar da cobrança todos os contribuintes que ganham até R$ 2.640, ou seja, dois salários mínimos caso o reajuste se confirme. Inicialmente, sua promessa era isentar quem ganha até R$ 5 mil.

Nas últimas semanas, membros do governo têm sinalizado que o aumento da faixa deverá ser feito de forma gradativa, já que o impacto nas contas públicas será grande. Técnicos do Ministério da Fazenda sugeriram ao presidente que aguarde a aprovação da reforma tributária, mas ele não quer esperar.

A tabela do Imposto de Renda não é atualizada desde 2015, último ano do governo de Dilma Rousseff (PT). Hoje, todos os trabalhadores que ganham mais de R$ 1.903,98 precisam pagar o tributo.

Saque-aniversário do FGTS pode continuar

Em janeiro, o ministro Luiz Marinho declarou em mais de uma ocasião que promete suspender o saque-aniversário do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). Entretanto, o chefe da pasta do Trabalho parece ter mudado um pouco de ideia.

Segundo ele, o fim da opção seria pautado na próxima reunião do Conselho Curador do FGTS, marcada para 21 de março. Contudo, em entrevista ao jornal Valor Econômico, Marinho afirmou que a modalidade pode permanecer, desde que com “outras regras totalmente diferentes”.

“Se permanecer, será com outras regras totalmente diferentes, mas não estou convencido ainda. Não podemos fazer o trabalhador de escravo”, disse.

“Não descarto que acabe, podendo até ser mantido. Vamos decidir, não tem canetada. Eu acho um erro, mas estou aberto a refletir. Certamente mudanças haverá”, completou.

O ministro defende o encerramento do saque-aniversário porque considera que ele “enfraquece o fundo para investimento para gerar emprego”. Ele também acredita que os trabalhadores ficam sem os recursos quando realmente precisam, como no caso de demissão sem justa causa.

Por: Lorena de Sousa
Fonte: Edital Concursos Brasil